RESULTADO LEVANTAMENTO ERGONOMIA
Apresentamos aos colegas o resultado do levantamento sobre ergonomia realizado durante a SIPAT de 2009. O texto abaixo foi enviado em 16/03/2010 através de memorando ao Pró-Reitor de Administração em exercício na ocasião, Prof. Celmar Correa de Oliveira.
Como resultado, foi encaminhado pela PROAP e Dep. de Compras processo para compra de cadeiras ergonômicas, conforme especificações das normas relativas ao tema, com consultoria e auxílio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. O processo de compra já foi completado, e estamos aguardando a entrega das cadeiras nos próximos 30 dias.
Essa é uma conquista de todos, com auxílio da CIPA. Participe da Comissão, como membro ou auxiliando com informações e projetos. Dessa forma, ajudaremos a construiremos uma UERGS melhor para se trabalhar!
Memo 02/2010
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA realizou em setembro e outubro de 2009 pesquisa junto aos funcionários e professores da Universidade, buscando coletar dados sobre as condições de trabalho e seu impacto na saúde dos trabalhadores da Universidade.
O questionário foi entregue impresso a todos empregados lotados na Reitoria da UERGS, e por meio eletrônico (e-mail) aos lotados no interior. Do quadro de aproximadamente 290 empregados, obtivemos o retorno de 91 questionários preenchidos (31%).
As perguntas elaboradas e os resultados obtidos foram os seguintes:
1.Você sente atualmente algum desconforto nos membros superiores, coluna ou membros inferiores?
Respostas Quant. %
SIM 71 78%
NÃO 20 22%
TOTAL 91 100%
2. Caso positivo, marque com um “X”, na figura abaixo, o(s) local(is) no qual sente dor
Respostas Quant. %
Coluna 43 20%
Ombros 39 18%
Pescoço 37 17%
Braços 13 6%
Cotovelos 11 5%
Antebraços 11 5%
Punho 17 8%
Mãos 9 4%
Quadril 9 4%
Coxas 4 2%
Joelhos 9 4%
Pernas 9 4%
Tornozelos/pés 5 2%
Olhos 3 1%
TOTAL 219 100% obs: o total é superior ao da questão 1 pois a pessoa podia indicar mais de um local onde sente dor.
3. A(s) dor(es) que você sente e que referiu na questão anterior está(ão) relacionada(s) ao seu trabalho?
Respostas Quant. %
SIM 66 73%
NÃO 7 8%
Não respondeu 18 20%
TOTAL 91 100%
4. Há quanto tempo aproximadamente você sente essa(s) dor(ES)?
Respostas Quant. %
Até 1 mês 2 2%
De 1 a 3 meses 11 12%
De 3 a 6 meses 21 23%
Acima de 6 meses 36 40%
Não respondeu 21 23%
TOTAL 91 100%
5. Qual é o desconforto?
Respostas Quant. %
Dor 50 30%
Dolorimento 26 15%
Cansaço 31 18%
Estalos 15 9%
Peso 6 4%
Limitação de movimentos 14 8%
Choques 3 2%
(cont.) Respostas Quant. %
Formigamento ou adormecimento 16 10%
Perda da força 7 4%
TOTAL 168 100%
6. Você classifica esse desconforto como
Respostas Quant. %
Muito forte/forte 17 19%
Moderado 38 42%
Leve/muito leve 16 18%
Não respondeu 20 22%
TOTAL 91 100%
7.Esse desconforto aumenta com o trabalho?
Respostas Quant. %
Não 8 9%
Sim, durante a jornada normal 55 60%
Sim, durante as horas extras 2 2%
Sim, à noite 6 7%
Não respondeu 20 22%
TOTAL 91 100%
8. Você sente melhora:
Respostas Quant. %
Com o repouso, à noite 24 26%
Com o repouso, nos finais de semana 32 35%
Com o repouso, durante o revezamento em outras tarefas 12 13%
Nas férias 9 10%
Nunca sinto melhora 2 2%
Não respondeu 12 13%
TOTAL 91 100%
9. Você tem tomado remédio ou colocado emplastros ou compressas para poder trabalhar?
Respostas Quant. %
Sim 9 10%
Não 35 38%
As vezes 27 30%
Não respondeu 20 22%
TOTAL 91 100%
10. Você já fez tratamento médico alguma vez por algum distúrbio ou lesão em membros superiores, coluna ou membros inferiores?
Respostas Quant. %
Sim 29 32%
Não 45 49%
Não respondeu 17 19%
TOTAL 91 100%
11.Você já fez tratamento médico alguma vez por algum distúrbio ou lesão em membros superiores, coluna ou membros inferiores?
Respostas Quant. %
Antebraço 1 3%
Artrite Reumatóide 1 3%
Bursite 1 3%
Coluna 6 17%
Dor de Cabeça 2 6%
Dor nas costas 3 9%
Escápula Direita 1 3%
Frieiras nas mãos 1 3%
Hérnia 1 3%
Joelho 2 6%
LER 1 3%
Mão 1 3%
Nervo ciático 1 3%
Ombro 1 3%
Ossos 1 3%
Punho 1 3%
Tendinite 4 11%
Tenossinuvite de Quervain 1 3%
Todos 1 3%
Torcicolo 3 9%
Tornozelo 1 3%
TOTAL 35 100%
Gostaríamos de chamar a atenção para a informação de que a grande maioria dos que responderam à pesquisa sentem algum tipo de desconforto, como dor, dolorimento ou cansaço, classificados por quase a metade dos pesquisados como um desconforto de grau moderado. Esse desconforto é relacionado por 73% dos entrevistados ao trabalho, sendo que aumenta durante a jornada de trabalho para 60% dos pesquisados, que sente melhora durante a pausa do trabalho à noite e aos finais de semana (62%). Porém, poucos tomam remédios, embora a maioria já tenha feito tratamento para algum tipo de distúrbio físico/muscular, em especial para coluna (17%), tendinite (11%), dor nas costas (9%) e torcicolo (9%).
Mais da metade dos pesquisados sente dores há mais de 3 meses, e o local do corpo onde a dor se manifesta é principalmente coluna, ombros e pescoço.
Apesar da pesquisa não ter sido feito com rigor metodológico, esses dados nos permitem inferir que o trabalho pode estar causando dores musculares nos trabalhadores da UERGS. Essa conclusão é preocupante, pois as lesões resultantes do trabalho são, em geral, causadas pela utilização biomecanicamente incorreta dos músculos, dos tendões, das fáscias ou dos nervos, resultando em dor, em fadiga, em queda do rendimento no trabalho e em incapacidade temporária, podendo evoluir para uma síndrome dolorosa crônica.
Assim, gostaríamos de sugerir que fosse dispensada maior atenção às questões ergonômicas dos postos de trabalho, com a aquisição de cadeiras mais adequadas, que atendam às normas federais de saúde e segurança do trabalho. As cadeiras atuais da Universidade podem estar colaborando ou sendo a causa de dores, pois não permitem regulagem de altura do acento ou do encosto para adaptação da cadeira às características físicas do trabalhador (estatura mais elevada, tronco menor, etc).
Outras sugestões são a troca de todos teclados antigos por teclados mais novos, com teclas macias que exijam menor força para digitação; troca dos mouses com scroll (bolinha) por mouse óptico, que exige menor esforço para movimentação do periférico. Também seria importante a compra de apoios para pés, para pessoas com menor estatura poderem adequar a altura do acento da cadeira e manter os pés apoiados, evitando a compreensão dos vasos sanguíneos dos membros inferiores.
Outra ação importante para prevenção de dores e melhoria das condições de trabalho a ser planejada e implementada pela UERGS é a ginástica laboral. A Ginástica Laboral compreende exercícios específicos de alongamento, de fortalecimento muscular, de coordenação motora e de relaxamento, realizados no local de trabalho, durante a jornada diária , tendo como objetivo principal prevenir e diminuir dores físicas e musculares e doenças ligadas ao esforço repetitivo. Em geral, são sessões de cinco, 10 ou 15 minutos, de uma a duas vezes por semana. Além dos resultados preventivos físicos, a prática da ginástica auxilia na melhora do relacionamento
interpessoal e ocasiona aumento da produtividade dos empregados.
Outra colocação oportuna é que o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional virá auxiliar no monitoramente da saúde dos trabalhadores, colaborando na identificação de riscos e prevenção de desenvolvimento de doenças.
Sem mais no momento, nos colocamos á disposição para auxiliar na implementação de qualquer ação ou medida que traga benefícios e melhorias aos trabalhadores da Universidade.
Respeitosamente,
Cristina Maria Ostermann
Presidente
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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